Estes são alguns dos cordéis escritos por Costa Senna.
Eis uma amostra das primeiras estrofes.
Para adquirir os seus, entre em contato conosco:
Neste Cordel falarei
sobre meu melhor amigo,
que me ajuda a encontrar
lazer, trabalho, abrigo.
Desde meus primeiros anos,
ele é parte dos meus planos
e segue sempre comigo.
Leio livro em minha cama,
em ônibus, metrô ou trem,
em navio ou avião,
ou mesmo esperando alguém.
Leio para o povo ouvir.
Leio para transmitir
a riqueza que ele tem.
em ônibus, metrô ou trem,
em navio ou avião,
ou mesmo esperando alguém.
Leio para o povo ouvir.
Leio para transmitir
a riqueza que ele tem.
Para aprender português
É preciso ser capaz.
Eu tentei mais de uma vez,
Aprendi, não tento mais.
Minha voz ficando rouca,
Com as palavras na boca,
Lendo de frente pra trás.
Acento na última sílaba
É a palavra oxítona;
Caso seja na penúltimo,
Passa a ser paroxítona;
Como contrário da último
Sendo na antepenúltima
Já é proparoxítona.
É o maior roedor,
É alta quando levanta;
Vista como preguiçosa
Ela só ronca, não canta.
Seu nome dá apelido,
Se tu não sabes, duvido!...
O nome dela é? ... ANTA.
Vive pelos oceanos
Lá onde mora a sereia,
Navegando pelas águas
Ela não se aperreia.
O mar é sua passarela
Ela é tão grande, tão bela...
Só pode ser a? ... BALEIA.
Oh! Força inspiradora
Ilumine meu pensar,
Quero um mar de poesias
Pra qu'eu possa navegar,
Me acenda luz crfiativa,
Quero honrar Patativa
No cordel que vou narrar.
Mil novecentos e nove,
Cinco de março, o dia
No abrir do século vinte
Esse cantador nascia;
Nos tempos tumultuados
Dos sertões injustiçados
Seu canto ecoaria.
Ser alfabetizado
Não é só ler e escrever.
Números, contagem, cálculos
Nos ajudam a tecer
Uma vida mais prática;
Quando há a matemática
Dentro do seu conhecer.
Pois nela estão os números
Até o último momento:
Da hora em que se nasce
Até o falecimento.
Altura, peso e medida
Os números dão a vida
Todo acompanhamento.
A meta deste cordel
que vou vos apresentar
é divulgar Paulo Freire
seu dom de alfabetizar
ir reto sem fazer dobra
mostrando vida e obra
de quem viveu para ensinar
Freire nasceu em Recife
bairro de casa amarela
iniciou seus estudos
de forma pura e bela
com os pais a lhe ensinar
ele aprendeu a cruzar
a imensa passarela
MULHER
A mensagem aqui escrita
É bem mais que aprovada:
A mulher é mais mulher
Para qualquer empreitada
Quando tem a voz ativa,
Ação participativa
E também politizada.
ÉTICA E CIDADANIA
Um conjunto de princípios
Rege a vida da gente.
Dever, honradez, respeito
Como se fosse um regente.
São normas de mandamentos
E dentro dos fundamentos
É muito mais abrangente.
ETNIA
É hora de percebermos
Que todos somos iguais
Frente à constituição,
Perante as leis naturais,
Em toda ou qualquer questão
Cada um é um irmão
Nos conceitos espirituais.
VIOLÊNCIA
Caminha a violência
Pelo mundo de mãos dadas
Com drogas, assaltos, roubos
Corrupções desenfreadas.
Sequestros, assassinatos
Entre pessoas e ratos
Ela vai dando picadas.
Esses provérbios nasceram
Em frase bem resumida,
Compreendida por todos
Respeitada, conhecida;
Passada de pai para filho,
Geralmente dando brilho
Aos exemplos da vida.
Existem há vários séculos
Por esse mundo inteiro,
São alguns bem-humorados
Ou de sentido ordeiro;
Tornaram-se consagrados,
Por isso são estudados
Aqui e no estrangeiro.
São quinhentos hectares
Tua arca ambiental,
Três quilômetros de praia,
Obra fina sem igual,
Areia linda, macia,
Os pés da ecologia
Dançam o teu ritual.
Tuas ondas sucessivas
O leve vento pairando;
SOnhos de ervas e flores
Num lindo jardim brincando,
Teu sorriso me encandeia,
Tu pareces a sereia
Na beira do mar cantando.
Hoje está fazendo um ano
que a gente se conheceu.
Amor à primeira vista
pelos meus olhos desceu.
Feito sublime canção,
pousou no meu coração,
afetizando o meu eu.
Veio com cheiro de vida
sorridente, perfumado.
Tal ser de outro mundo,
talvez um anjo encarnado.
Não tive como evitar
os raios do seu olhar
me deixaram acorrentado.
Há alguns milhões de anos,
Nos confins da antiguidade,
Comecei a me empenhar
Plantando fertilidade.
Para dar mais vida a vida
Acionei a partida
Rumo à prosperidade.
E assim prenunciei
O nascer da natureza,
Verde, viva, perfumada,
Fluindo delicadeza
E juntos evoluímos
Em prol do bem construímos
No mundo sua beleza.
Eu estava no sofá
Assistindo a Tela Quente,
Tomando uma cervejinha,
O filme estava envolvente;
A minha mulher chegou,
Olhou pra mim e falou:
Isso que é vida gente...
Eu fiquei bem caladinho
Pra coisa não piorar,
Afinal de contas ela
É a rainha do lar.
Pensando bem do meu jeito,
Quem reivindicou direito
É porque quer trabalhar.
Mulher amada que vive
No céu do meu coração,
Mãe poeta do poeta,
Me transmita inspiração
Para que eu possa narrar
Tudo que quero falar
Sobre A Maldita Ilusão.
Pergunto aos ancestrais
De invisíveis dimensões
E aos imortais profetas,
Os mestres das previsões:
Quem não teve recaída,
Quem passou por essa vida
E nunca teve ilusões?
Oh! Deusa mãe do poeta,
Mulher luz do meu destino,
Acende a minha lucidez
Com o teu saber divino -
Nessa hora não me deixas,
Pois vou contar Raul Seixas
Desde quando era menino.
Raul nasceu na Bahia,
Terra de São Salvador,
Desde criança já tinha
O sonho de ser cantor.
No Nordeste brasileiro,
Esse bravo mensageiro
O seu umbigo enterrou.
Essa mulher já somava
lá pelos cinquenta e seis,
mas sonhava ter o corpo
da jovem de dezesseis.
A vaidosa ambição
subiu além da razão
e da própria estupidez.
Por ser uma bilionária
queria tudo alcançar,
até as leis naturais
começou a desrespeitar
e pra todo mundo ver
ela mostrou na TV
como o corpo ia ficar.
O nada só gera nada,
Cita a minha poesia.
Imagine o que produz
Uma cabeça vazia,
Que não sabe ser capaz.
Quantas tolices não faz
Na rota do dia a dia?
Por isso, caro leitor,
Preste bastante atenção.
Leia o que aqui escrevo,
Controle sua emoção.
Eu estou sendo fiel,
Não leia este cordel
Se sofrer do coração.
Quem se mantém vinte anos
Rompendo fogo cruzado,
Brigando com poderosos,
De estado em estado,
Tem um escudo invisível
Que lhe mantém intocado.
Durante todo esse tempo,
Por centenas procurado
E no torrão brasileiro
Por milhares, odiado,
Tinha que ser diferente,
Sem por ninguém ser notado.